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domingo, 8 de maio de 2011

Irma

Estranho esse domingo de dia das mães sem ela por perto.
Silêncio na casa, sem o arrastar do seu chinelinho.
Tudo calmo, sem Dnª Irma pra lá e pra cá.
Saudade até dos seus sermões matinais,
do cheiro da comida que só agora ela aprendeu a fazer,
depois de ter se tornado vovó.
É estranho ser mãe sem o ser completamente.
Ainda sou filha, e tenho às vezes a impressão
de que por não ser essa mãe clássica,
me sinto menos mãe.
Ganhei uma gravata e uma camisa,
vou me armar para enfrentar o mundo.
E quem sabe um dia,
serei uma avó que cozinha maravilhosamente,
como está sendo minha mãe.
Grandiosa essa baixinha,
que percebe o que se passa comigo,
e eu não preciso nem falar,
ela vê em meus olhos.
Me disse uma vez que eu sou ela melhorada,
por causa dos olhos verdes que herdei da Dnª Iracema.
Um dia mãe, quem sabe....