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sábado, 21 de dezembro de 2013

CALABOCA! e grita [ou Tratado sobre o desejo]

Um grande mal-estar causou-me adentrar ao palco em total breu. Um misto de curiosidade e medo, uma confusão de intenções. Muitas vozes, luzes. Não. Não havia luz, havia Esperança, sim, ela, era Ela. Ela que um dia foi, não mais quer assim. Nem mãe, nem filha, nem mulher, Ela não se rotula, apenas deseja e sangra, pois sangrar é viver. Sangra pois cansou de guardar o que não pode controlar. Tanta libido, tanta alma, tanta pele, escuridão e luxúria. Esperança nasce para a vida, sente a pulsação, os seios, os braços, as mãos. Prostituta e Santa. Uma indagação. Esperança cresce e voa, voa na imensidão. Se sobreviverá? Não sei explicar. Dizem que a esperança é a última que morre. Pois que ao final "as coisas não têm explicação; não precisam ser explicadas. Nada precisa ser explicado; melhor não entender". Algo grande, forte e denso não se entende, apenas vê-se e após ver eis que se cala e então: Grita!!! Pois Esperança é maior que a vida.

Obrigado por me proporcionarem esta experiência extra-sensorial, Jair Damasceno, Aline Calixto e todo elenco.

Lucas Tadeu (Mestrando em Letras pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul)

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