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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Resposta à Carta sem selo

Querido Pietro,

Encharquei os meus cactos que ficam na janela, não sei por que eles estão secando, se é falta de luz, se são fungos, ou se é a energia do ambiente que nao está lá aquela coisa!
Faz dias que penso em Paris (deve ser por isso que tenho dormido tanto), os meus sonhos vievem me levando até lá... a minha vida pós- sono está tão mais contagiante que a minha vida matutina.
Eu tentei chegar o mais perto de Hemingway, embora não tenha ido na livraria famosa dos intelectuais. Também não fui ao cemitério prestar minha homenagem a Simone de Beauvoir, tampouco corri pelos corredores do Louvre !
Mas vivi Paris. E entendo o porquê desse contágio, dessa loucura que é estar naquelas ruas, com luminárias do século retrasado, com a arquitetura que parou no tempo ( e tudo bem conservado), na minha  incompreensão quando colocava o pé na faixa de pedestres e os carros paravam ( eu eu ficava parada no meio da faixa tentando entender tudo aquilo).
Pietro, a sua amiga aqui é escritora, mesmo tendo errado 11 questões na prova de português do último concurso que prestou domingo passado.
Agora sabe que GÊNERO ( adora essa palavra) também se escreve GÉNERO.
E ainda vive se perguntando se nasceu mesmo pra se enveredar na àrea jurídica.
Só que há tantos escritores que também começaram por aí, não é? Como: Vinícius de Moraes, Jorge Amado, João Cabral de Melo Neto (foi diplomata concursado), Hilda Hilst e até Clarice Lispector.
Então resolve tentar.
Vai estudar tudo de novo.
Vai além.
Quer levar o Antônio pra Paris.
Quer levá-lo ao show do Paul McCartney, bem como dos Stones.
Pietro, asim que estiver na minha casinha vamos nos embebedar.
Colocar um vinil escolhido por você no último volume e dançar.
E continuar assim,
escritores!

Um comentário:

Pietrix disse...

Paris te adotaria sem relutar e o Antônio adoraria o Paul. Tem um vinil em minha vitrola que insiste em emperrar e berra rouco: Carpe Diem!!!
"vina liques et spatio brevi
spem longam reseces. dum loquimur, fugerit invida
aetas: carpe diem quam minimum credula postero."