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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Ode a um sociopata

Então são quase sete horas,
e eu preciso sair,
tratar de ser eu mesma,
passeando por aí.

Quisera ser a Ellen Gracie,
com seu coque montado,
cabeça de julgador,
 em suas vestes talares.

Não, não nasci pra ser assim,
tampouco engomada,
nos perfis do judiciário,
sou apenas aguentável.

O que será que será?
Pergunta redundante,
Galeno é quem responde:
Não quero saber de mim,
quero mesmo é mudar o mundo.

Dinheiro não me interessa,
Pompa de festas, whisky regado,
Charutos e expressões de superioridade,
Não tenho esse viés.

Prefiro falar com o copeiro,
do que olhar pra cara de certos "doutos",
Prefiro lutar pela minha liberdade,
do que me entregar ao sistema.

Diz minha mãe que tenho sociopatia,
não é possível minha menina,
ser tão agressiva dessa forma,
Sim, minha mãezinha.

O mundo lá fora me fez essa daí,
que não abaixa a cabeça,
que luta,
por uma vida digna para todos.

Se isso é ser sociopata,
podem me internar,
pois não vou mudar,
abraço somente quem eu quero: os meus irmãos.

Não pretendo fazer caras e bocas,
e fingir que está tudo bem,
Puxar  o saco da corja,
só pra me dar bem.

Sete horas batem a minha porta,
eu já me lanço.
Um dia....ah, um dia,
terás orgulho de mim!




Um comentário:

Ravel disse...

Se todos os sociopatas fossem iguais a você!!