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sábado, 20 de outubro de 2012

Provos

    Agora que não estou conseguindo andar direito ( tenho certeza que na segunda, único dia que podem me atender, vou sair do consultório e ir direto pro hospital), estou dormindo tarde e acordando tarde, tive uma ideia ontem depois que todas as luzes da casa estavam apagadas.
Já que somos fãs dos beatniks, escrevemos também, escutamos jazz e rock´n´roll, ganhamos pouco, estamos numa fase que baladas de madrugada às vezes tornam o resto da semana indestrutível,
 porque não nos juntarmos em alguns cantos da cidade, cada um com a sua poesia, um ou outro leva um vinho e vamos aproveitar o final do dia ??? 

Fiz essa experiência em dois lugares: Orla Morena e ali na TVE no Pq. dos Poderes ( aquele buraco....sei lá o nome daquilo).

A cidade tem uns lugares tão escondidos que ninguém  explora, aqui perto de casa posso enumerar pelo menos uns três.

E dessa forma poderíamos estar conhecendo Campo Grande e ao mesmo tempo nos deliciando ouvindo Drummond, Pessoa, Ginsberg, Hilda Hilst, Manoel de Barros, Vinícius de Moraes, Lemisnky e o que vier.

Lembro uma vez que deixei num banco de uma praça em Campinas "A revolução dos bichos" de George Orwell, com um bilhete, que aquele livro deveria ser repassado e não ficar encostado numa prateleira.  Não sei se o meu plano deu certo.....acho que resolvi fazer isso depois que li "Provos" de Matteo Guarnaccia, da coleção Baderna.


Quando fui pra Holanda tirei uma foto ao lado de um bicicleta amarrada numa ponte. Tinha que estar conectada com a contracultura daquela terra. Pra mim ficou tão claro porque as coisas funcionam lá, daquela forma, meio anárquico mesmo.

Vamos então meus amigos fazer o seguinte: primeiro a gente escolhe o lugar, pintamos nossas bicicletas de branco, cada um leva o seu livro ou a sua própria poesia, quem tiver uma grana sobrando leva uma garrafa de vinho, assim o resto da semana irá fluir com mais intensidade !!

Há uma contracultura em mim
que precisa ser desamarrada
prestes a explodir
intensificada
e não adianta achar que isso é coisa do passado
pois 1968 é o meu futuro
sonho delirante
de uma menina
da geração coca-cola
Ouço Velvet e Stones
E sonho
Woddy Allen em Meia-noite em Paris
sabe do que estou dizendo
Por que não? é o meu mais novo lema
Marcho com Caetano
"Só a verdade é revolucionária"

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